TRIBUTO VÍTIMAS COVID 19 - LUTO

Seu Ciço (PB).
Depois de passar por Fortaleza, Natal, Campina Grande, Caruaru, João Pessoa, Recife e Goiânia, cheguei hoje a Brasília com o Tributo às vítimas da COVID 19.
Comecei ao meio dia, com sol a pino, em frente ao Palácio do Planalto. Calculei em 6 horas o tempo necessário às 110 mil batidas de Surdo em reverência aos que pagaram com a vida o tributo macabro cobrado pela política de morte imposta pelo negacionismo científico, o veto ao uso de máscaras e a necroterapia da Cloroquina.
Após duas horas e meia de marcha, fui abordado por dois educados e constrangidos jovens policiais do DF que me referiram ordens superiores para que encerrase o ato e deixasse a Praça dos Três Poderes. 
Antes que me retirasse, sob protestos pela parcialidade, dada a presença ostensiva de manifestantes bolsonaristas, veladamente, sugeriram obedecer sem questionar.
Depois de inspecionar a foice cenográfica, onde aparecem as palavras "mantenha o distanciamento" e "use mascara", solicitaram meu RG, que foi fotografado para controle, disseram. Ao sair da Praça, me dirigi a um Quiosque ao lado do anexo amarelo a oeste do Congresso Nacional, para almocar, já às 14:45 e, só então percebi que estava sendo seguido por uma viatura. 
Como o quiosque tava fechado, o porteiro do anexo, gentilmente, me ofereceu duas bananas e, enquanto eu comia, a viatura parou e ofereceu-me uma carona até a Rodoviária do Plano Piloto, ao que eu agradeci, mas recusei, por medo, óbvio.
As outras palavras usadas no Tibuto são: TRIBUTO VÍTIMAS COVID 19 - LUTO em um cartaz no meu peito e costas, absolutamente nada sobre lado político, que servisse de pretexto para proibir a performance. 
A real, é que nossa democracia está sequestrada e, como dizia Raul Seixas, já começaram a querer saber o que estamos pensando ou querendo dizer quando nos manifestamos, subliminarmente, sobre algo. 
Não subestimo a periculosidade de Jair Bolsonaro, mas, não há alternativas, que não, enfrentá-lo.

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