"Trump Ataca o Brasil e Fica Numa Sinuca de Bico"



Por Belarmino Mariano*

Incrível como a grande mídia brasileira, em especial a Rede Globo, tenta esconder a realidade vivida pelos Estados Unidos, desde o momento em que Donald Trump assumiu a presidência daquele país. Essa semana, os analistas da Globo avaliavam que o Brasil não deveria taxar os EUA na mesma medida. Ou seja, o Trump ataca o Brasil e devemos baixar a cabeça.

Jornais de Direita como a Folha de São Paulo e o Estadão, além de outras redes de direita, estão divididas entre condenar as taxas de Trump e atacar o presidente Lula, como culpado por Trump atacar o Brasil. Mas o povo brasileiro e setores da esquerda, foram as redes sociais, condenar as políticas de Trump e a família Bolsonaro que pediram as punições ao Brasil.

Vemos notícias superficiais e desconectadas das consequências de cada ato trumpista é o mais comum em nossa imprensa "profissional". Até mesmo os ataques contra o Canadá, contra o México, contra a Groelândia/Dinamarca, contra a China e os países do BRICS e agora, especialmente contra o Brasil, a nossa mídia de direita, coloca panos mornos, e até uma farsa em querer culpar Lula pelas ameaças de Trump e da família Bolsonaro.

Enquanto isso, dentro do próprio EUA, existe uma gigantesca crise econômica, com recessão, desemprego, desvalorização dos seus papéis internacionais e enfraquecimento do dólar em escala global. Todo o sistema produtivo Norte-americano se encontra em completo colapso e as fugas de capitais é a maior da história econômica daquele país, desde que Trump passou a ameaçar todos, com suas tarifas malucas.

Em meio a essa crise, todas as semanas estão ocorrendo gigantes protestos, com milhões de pessoas, nas ruas dos grandes centros metropolitanos, todos contra Trump e sua política catastrófica de ataques tarifários, contra seus principais parceiros internacionais. A União Europeia caminha a passos largos para redefinir sua balança comercial com os EUA, com todos os países vendendo papéis Norte-americanos e estabelecendo políticas tarifárias nas mesmas medidas de Trump, o que neutraliza os planos de Trump. 

Como os Estados Unidos importam muitos produtos essenciais do Brasil, o povo Norte-americano será muito afetado. Alimentos do agronegócio, carnes, ovos,  suco de laranja, café alumínio e aço, se taxados em 50%, irão impactar diretamente o comércio do povo dos Estados Unidos. 

As TVs, Rádios, Jornais e redes sociais, nos EUA estão muito preocupados e não sabem bem os motivos dessa taxação ao Brasil. No nosso congresso, os partidos e políticos do Centrão (MDB, União Brasil, PSDB, PSD, etc) estão calados e tentam ensaiar críticas indiretas ao Lula, mas sabem que o povo entendeu que Lula defendeu o Brasil e é o grande líder para enfrentar essa crise, pois declarou a lei da reciprocidade contra as taxas de Trump.

Enquanto isso, a Europa reconfigura novos mercados e novos parceiros. O isolamento político e econômico do governo Trump, tanto com seus vizinhos, quanto com grandes potências, apontam para um caos econômico e político sem precedentes na história recente.

As ações de Trump, totalmente identificadas com a extrema direita e até com a ideia de organizações nazifascistas, deixam um gigantesco rastro de desconfiança e incertezas, obrigando países e governos a restabelecer suas possíveis alianças e acordos futuros, tanto em escalas bilaterais, quanto multilaterais.

Nesse jogo caótico existe uma nova força geoeconômica do BRICS+, que alimenta um misto de países do antigo bloco da "Guerra Fria", Globalização, neoliberalismo e mundialização e multilateralismo autonomista. Essa engrenagem econômica de Trump, entre tarifar os países, voltar atrás e voltar a tarifar aliados comerciais históricos como o Brasil, um dos 20 maiores parceiros Norte-americanos.

Trump mentiu para sua imprensa, sobre a ideia de que os EUA eram deficitários em relação ao Brasil, informações falsas, pois o Brasil vende manufaturas e matérias primas, enquanto compra máquinas e bens industriais, eletrônicos mais caros. A Balança comercial dos EUA com o Brasil sempre foi positiva para os EUA, logo, não justifica nenhum tipo de tarifa adicional. Então, o governo do Brasil, poderá fazer o mesmo e até apelar para as cúpulas de comércio internacional.

O anúncio de uma nova plataforma informacional de negociação financeira e comercial entre países, liderados pela China e os países do BRICS+, já testado em negociação entre a China e a Arábia Saudita com sucesso, completamente fora do controle do dólar e até mesmo a criação de uma moeda dos BRICS+, já atraiu o interesse de mais de 140 países.

Trump perdeu o completo controle político dos EUA, usa de força militar para reprimir o seu próprio povo, ataca com violência os imigrantes e articula processos políticos que ameaça frontalmente a democracia e os direitos de liberdade de expressão do povo Norte-americano. Para piorar a situação, existe uma completa desconfiança mundial da sanidade e da garantia de cumprimento de acordos diplomáticos históricos de muitas nações com os EUA.

Com os ataques recentes contra o Brasil, com taxação de 50% sobre todos os produtos brasileiros. Inclusive usando como motivos, a interferência no judiciário brasileiro, em defesa do Golpista Jair Bolsonaro. As tarifas de Trump estão previstas para entrarem em vigor a partir de primeiro de agosto, mas os impactos já estão sendo sentidos. 

Essa taxa contra os produtos brasileiros afeta diretamente o agronegócio, o aço, o alumínio, madeira, couro, sucos e café, como resumos. Mas poderá afetar o segundo mais importante parceiro comercial do Brasil. O Estado de São Paulo, governado pelo bolsonarista Tarcísio, declarou apoio a Trump, agora será o Estado mais atingido pela taxação de Trump. E no lugar de condenar essas medidas, tenta culpar o governo Lula e o Brics+. 

Só para alertar Tarcísio sobre seu erro em apoiar Trump. Nos EUA, dou como exemplo três produtos comuns de São Paulo: carne bovina, café e suco de laranja. Estas são as maiores exportações perecíveis de São Paulo para os EUA. "O Brasil acima de tudo e Trump/Bolsonaro acima de Todos", vai foder esses grandes exportadores paulistas e não esqueça que estes idiotas apoiaram os Bolsonaro e fizeram festa para Trump.

Enquanto isso, os filhos e o próprio Bolsonaro continuam apoiando a chantagem e as ameaças de Trump contra o Brasil e o BRICS, chegando ao absurdo de dizer que o governo Lula e o judiciário brasileiro, precisan ceder as ameaças e subornos de Trump, para evitar essa taxa. Criminosos, inimigos da constituição, da pátria, da democracia e da soberania brasileira.

As máscaras caíram, ficou escancarado que esses grupos de extrema direita nazifascista, dos quais os Bolsonaros fazem parte, demonstraram que são antipatriotas, falsos nacionalistas e se perderam completamente, pois estes ataques, por eles planejados, podem prejudicar o Brasil inteiro, mas em especial os grandes empresários que sempre apoiaram Bolsonaro.

Os ataques de Trump ao Brasil, estão diretamente atrelados à família de Bolsonaro e seus apoiadores. Os ataques contra o judiciário brasileiro e as ameaças de interferência na soberania brasileira repercutiram muito negativas, pois os brasileiros passaram a apoiar as medidas do governo Lula em defesa da democracia e da soberania nacional.

Nos EUA a imagem de Trump é muito negativa e sua avaliação piora todas as semanas, inclusive com projetos de pedido de impeachment de Trump, desde 14 de maio de 2025, pois Trump comete obstrução da justiça, suborno e corrupção, além de colocar em risco a própria democracia do país, com ameaças golpistas.

O presidente Lula, depois das ameaças de Trump, já pediu ajuda da China e da Rússia, além dos demais países membros do BRICS e a resposta foi imediata. Rússia e China, além de anunciarem apoio ao governo brasileiro, já estão acelerando a completa eliminação do dólar em suas economias e já ampliaram o comércio com o Brasil. Uma das retaliações da China esta semana foi cancelar a compra de aviões Norte-americanos, o que certamente irá fortalecer a Embraer do Brasil.

O judiciário brasileiro não se intimidou aos ataques de Trump e continuam os processos contra Bolsonaro e demais golpistas que planejaram instalar uma nova ditadura no Brasil. Inclusive com a aceleração de sua prisão, pois a articulação do Deputado Federal Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, praticou crime de lesa pátria, ao articular as tarifas de Trump contra o Brasil, como uma ameaça de que o judiciário do Brasil persegue Bolsonaro.

O governo Lula segue forte ao não se submeter às chantagens de Trump e suas redes sociais e, até, ampliou sua base de apoio do povo, bem como, de grupos de direita, pois enquanto Bolsonaro e Trump atacam a soberania brasileira, Lula vem buscando novos mercados e novos investimentos para o Brasil. E, nessa balança comercial, Brasil/EUA, que durante esses últimos 20 anos sempre beneficiou os EUA, agora poderá afetar negativamente o comércio dos dois países.

O Deputado Eduardo Bolsonaro abandonou seu mandato e junto com a bancada de extrema direita golpista, faz meses que vão aos EUA, pedir interferência de Trump contra o Brasil. Uma espécie de tutela e ameaça à soberania brasileira, foram entendidas mundialmente como interferência direta na soberania brasileira. Jornais dos EUA, de países Europeus e de diferentes países do mundo viram essa interferência como negativa e antidemocrática. A partir de agora, muitos estão percebendo que, ao se meter em um país autônomo, soberano e democrático, trump passou de todos os limites da civilidade e diplomacia internacional.

No começo das ameaças de Trump ao Brasil, articuladas por Eduardo Bolsonaro, os bolsonaristas ficaram assanhados e alegres, mas quando perceberam que os grandes empresários pagariam o pato, foi um gigante balde de água fria. Governadores como Tarcísio e Zema que colocaram boné de apoio a Trump, caíram na real e já estão em completo pânico, pois a recessão e desemprego nestes Estados serão inevitáveis, mas preferem atacar o Lula.

Em alguns Estados brasileiros como o Mato Grosso do Sul, redes de frigoríficos que exportam carne congelada para os Estados Unidos, já estão suspendendo a produção que era exclusiva para o mercado Norte-americano. Esse tipo de preocupação irá obrigar esses produtores a encontrar outro mercado externo, ou terão que baixar o preço para verder no mercado interno. Esse terá um "efeito dominó", pois diferente de materiais duráveis, alimentos são perecíveis e precisam ser consumidos em períodos bem menores.

Alumínio, ferro, aço e outros minerais que eram vendidos aos EUA, depois de taxados, não terão como competir com os preços internos dos EUA, então poderão deixar de ser produzidos e o impacto sobre os empregos e a renda das pessoas terão forte impacto na economia como um todo. A lógica do efeito tarifário será sentida, tanto lá quanto aqui, pois há uma grande dependência da indústria dos EUA a essas matérias primas baratas.

Se a taxação de Trump for realmente aplicada a partir de primeiro de agosto, as áreas econômicas brasileiras serão mais afetadas estão em Estados governados por Bolsonaristas como São Paulo, Minas Gerais, Matogrosso e estados do Sul do Brasil. Nesse momento, os grupos mais afetados são de grandes empresários que exportam para os EUA. Aqueles mesmos que estavam negando pagar 3,5% de IOF, terão que acessar o mercado dos EUA, com suas mercadorias 50% mais caras nas terras do Tio San.

O preço político para as ações de Trump, podem ser pesadas. Vamos citar apenas três exemplos de governos que foram atacados por Trump: no México, a presidenta Claudia Sheinbaum Pardo, enfretou Trump e se fortaceu; o governo liberal do Canadá estava para perder as eleições para a extrema direita, mas ao peitar Trump, se fortaleceu e venceu as eleições. Na Austrália foi a mesma coisa. O sentimento de Nacionamismo e de soberania demonstram o poder popular ao lado dos que defendem o seu país.

Trump ameaça a China, ameaça a India e a África do Sul, evita atacar a Rússia, mas ameaça o Japão e a Coreia do Norte e países do Sudeste Asiático. Tinha taxado o Brasil em 10% e agora ameça com 50%. Se for blefe ou não, ninguém deve esperar para vê se essas ameças se concretizarão. Não aceitaremos chantagistas de forma alguma. Lula já é claramente a figura política mais forte da história recente do Brasi e nessa primeira fase da disputa, se fortaleceu ainda mais. É um dos chefes de Estado mais respeitado do mundo e poderá fortalecer ainda mais o BRICS, atraindo aliados do próprio G-20 que estão desconfiado com essa loucura de Trump.

A pergunta que poderemos fazer é a seguinte: As grandes marcas e empresas Norte-americanas que estão no Brasil, vão sair do Brasil e voltar para os Estados Unidos, tendo que pagar impostos de 25% e salários dez vezes maiores? Imaginem se os brasileiros, prejucados pelas taxas de Trump/Bolsonaro, começarem a boicotar as marcas Norte-americanas no Brasil? Se as taxas se confirmarem, vamos ver quem perderá mais, mesmo em tempo de paz e guerras tarifárias?

Ao final de seis meses, não tenho dúvidas que o Brasil estará vendendo para outros mercados e comprando também de outros países. Somos livres, democráticos e soberanos. Faremos o quê o Canadá, México e Europa estão fazendo: novos parceiros, novos mercados e novas marcas. Parabéns ao governo, a diplomacia e ao judiciário brasileiro. Aqui ninguém vai arregar para extremistas de direita e seus tarifaços.

Enquanto o BRICS+ avança a passos largos (Banco do BRICS, Supereeavites, Mercado em ascensão, sistema de pagamento ultra rápido, criação de uma moeda do BRICS), Trump tenta criar uma crise econômica global e ultraneoliberal, contra o BRICS+. Essa é a grande simuca de bico, da qual Trump não está conseguindo sair.

Por Belarmino Mariano. Imagens das redes sociais.
Fontes: ICL Notícias, revista Fórum, Brasil de Fato, Brasil-247, UOL, DCM, Carta Capital...

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