"Num dia como ontem, em 1971, desaparecia Anísio Teixeira".


Por María José Santos.
Naquela tarde de 11 de março, Anísio, dito "o pai da escola pública" foi visitar seu amigo, "o pai dos burros", Aurélio Buarque de Holanda. Anísio não chegou a se avistar com o grande dicionarista, mas também não saiu vivo do prédio. 

A perícia policial contou a estranha conversa de que inadvertidamente entrou pela porta do elevador, mas o mesmo não estava naquele piso, e Anísio caíra no poço.

Esta narrativa fantasiosa se tornou a versão oficial.

Intelectual de formação liberal, Teixeira se converteu no mais intransigente defensor da escola única: pública, estatal, obrigatória e laica, tanto no plano teórico-pedagógico quanto no terreno político. 

A morte não esclarecida de Anisio Teixeira, muito provavelmente assassinado pela repressão do Regime Militar, foi, de certo modo, o corolário de sua vida, e culminou o processo de perseguição que o defenestrou da Reitoria da UnB e, a seguir, o baniu do país por 2 anos.

A obra de Anísio caiu num injusto e pouco inteligente esquecimento nas últimas décadas, tanto mais grave porque ela segue contendo chaves incontornáveis para o entendimento da crise atual da educação nacional, pois, como diz Dermeval Saviani, Anísio Teixeira é um clássico da educação brasileira."
Fonte Facebook da autora.

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