VINÍCIUS JR. - Racismo, Fascismo e Xenofobia

Por Belarmino Mariano.
Com grande pitada de inveja, os que atacam Vinícius Jr., vivem o dilema da inferioridade futebolista e são obrigados a contratação de craques negros, vindos do Brasil, América Latina ou da África. 
Os ataques racistas envergonham o mundo, demonstram que esses homens brancos ainda não são civilizados e o racismo indica essa inferioridade.
Esse não é um fato isolado, desde as olimpíadas de Berlim em 1936, durante a ditadura nazista, quando negros e negras eram medalhistas de ouro, prata e broze, frustaram os naazstas e fascistas europeos. 
Esse racismo acontece em todos os esportes de grande performance, em que, atletas e desportistas negros sofrem algum tipo de preconceito racial ou de cor. E não podemos tolerar esse crime em pleno século 21.
Vinícius Jr., é bem maior que esse racismo estrutural que ecoou na voz de milhares de espanhóis em um estádio lotado. 
Ele nasceu na favela, correu e se escondeu de balas perdidas, de milícias e narcotráfico, pois o crime atrae jovens negros, coopitados muito cedo para essas facções.
Vinícius Jr., como milhões de crianças negras perifericas, fugiu da pobreza, da fome e da sub moradia e se escondeu no ninho do urubu, onde aprendeu sua arte de jogador. Foi vendido ainda na flor da udade, como um diamante bruto a ser lapidado na Europa.
Seus antepassados foram escravizados, vendidos e comprados aos montes, como mercadorias. Ele tem consciência de suas origens e isso incomoda os brancos incapazes e frustados, que acham que pagaram um ingresso para lhe humilhar, como em arenas de gladiadores da Roma Antiga.
No Brasil, Elza Soares, mulher negra e periférica diz que "a carne mais barata do mercado é a carne negra." Expressão de violência e racismo, aplicada a população negra e favelada do Brasil. Uma gigante divida histórica dos sucessivos governos racistas e escravocratas do Brasil, para com as populações de origem africana e que foram escravizadas e ainda são em alguns Estados e situações de trabalho análogo a escravidão.
Mas agora esse e muitos outros negros retintos e seus talentos mágicos se tornaram "a carne mais cara do mercado," no mundo do futebol. 
Os clubes europeos, pagam milhões por jovens talentos revelados no Brasil, América Latina e em países africanos.
O capital quer lucrar com os jogadores negros, mas em sua base, o capital é racista e em última análise, alimenta situações xenófobas e fascistas. Estamos falando do espetáculo, da arena do futebol, de corpos humanos investidos em milhões de euros, uma carne humana cara e valiosa, pois carrega a genealidade dos dribles desconcertantes, gerando cenas espetaculares, gols fabulosos que faz  circular bilhões em casas de apostas em todo o mundo. 
No entanto, os ataques racistas e desumanos, contra a pessoa de Vini Jr, virou símbolo de incômodo de muitos europeus contra imigrantes negros que chegam na Europa, vindos de muitas ex colônias européias da África e de outros continentes que foram escravizados.
É também o racismo e xenofobia dos próprios espanhóis que vivem uma crise de separatismo histórico e de  negação da sua carcomida monarquia parlamentar. Um pais dividido entre Basco, Andaluzia Catalunha e o próprio Casteliano. Mas usar Vinícius Jr. como válvula de escape de suas próprias frustrações é demais. 
Os fascistas, xenófobos e racistas querem negros e negras dolentes, obedientes e cabisbaixos, principalmente para limpar suas sujeiras e lhe servirem e ao atacar Vinícius Jr., Mandam um recado para todos os outros negros.
Acho que escolheram o jovem negro errado, aí é querer demais, pois o Vini Jr., é libertário, enquanto jogador foi gerado no Ninho do Urubu, filho do Flamengo, mesmo time de futebol que nasceu contra o racismo, que se formou para que negros se tornassem estrelas do futebol.
Vini nasceu para a alegria e é filho do samba, do carnaval e libertação dos seus sonhos. Seu sorriso e gingado não é o problema, não é a questão. 
Nelson Mandela uma vez disse: Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar."
O problema não tá só nos racistas, aqueles que se acham superiores, mas demonstram a fraqueza da cor como argumento para atacar o melhor jogador da atualidade. 
O problema é esse conjunto de empresas e os responsáveis pelo campeonato, os patrocinadores, juizes e outras instituições que permitem acontecer essa indigante barbaridade.
Menino tranquino, você é um vencedor! 
Nós da Fla Antifascista, repudiamos atos racistas, fascistas e xenófobos em qualquer parte. Exigimos a prisão e condenação dos agressores e a punição dos clubes que permiten esses atos racistas.
Por Belarmino Mariano (imagens das redes sociais - Google, Fórum).
Link declaração de Lula

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