Acabou a CPI contra o MST e o Movimento Camponês saiu mais fortalecido


Por Belarmino Mariano.
Na quarta-feira (27/09), foi encerrada a CPI, que estava em pauta, provocada pelo Deputado Zuco e Ricardo Salles. Essa CPI foi uma farsa da extrema direita brasileira articulada em três frentes: 
1) Criminalizar o MST e os movimentos Sociais no Campo; 
2) Alimentar a ideia de que o Agronegócio é a única e grande força econômica do campo brasileiro e; 
3) Criar uma cortina de fumaça para encobrir os crimes do governo Bolsonaro, dando ocupação aos parlamentares de esquerda, enquanto atuavam nos bastidores para manobras na CPI dos atos golpistas de 8/1.
Foram batalhas violentas, mas os parlamentares de esquerda que estavam nessa comissão, não arredaram o pé e foram sangue nos olhos, na defesa dos trabalhadores rurais sem terra e assentados da Reforma Agrária.
Enquanto a bancada ruralista de extrema direita, tentava criar fakes para criminalizar o MST e seus dirigentes, esbarravam em uma bancada de esquerda extremamente bem preparada e documentada, demonstrando que os camponeses oriundos de Reforma Agrária, além  dos agricultores familiares em pequenas propriedades, são responsáveis pela alimentação de 76% das famílias da cidade e do campo.
Ficou escancarado que o agronegócio só produz para a exportação, com grande carga de agrotóxicos, degradação ambiental e falta de compromisso social.
Em plena CPI, estourou o escandaloso crime tre trabalho análogo a escravidão, em várias vinícolas gaúchas, expondo ainda mais a face dos grandes empresários rurais e suas monoculturas.
O ponto auto da CPI, foi a cassação do Deputado bolsonarista Ricardo Salles, ex-ministro do Meio Ambiente e que encobria os crimes de madeireiros ilegais, garimpeiros e grileiros da região Amazônica.
As tentativas de incriminar os movimentos camponeses e suas lideranças, foram todos desfeitos e os deputados despreparados levaram lapadas de líderes com José Rainha Stedhile (MST).
Destacar aqui o brilhantismo das deputadas mulheres, que deram um show na defesa do MST e demais movimentos. Foram intimidadas, ameaçadas, mas como guerreiras do arco-íris (Grenpeace), não se intimidaram e enfrentaram as bancas do agro, da bala e do veneno.
Como analisou a Deputada Samia Bonfim (PSOL), a CPI foi concluída, sem nenhum relatório, sem provas contra o MST e seus líderes e como uma derrota histórica para o proponente/presidente e o relator.
Foi uma grande vitória dos movimentos sociais no campo e da sociedade brasileira como um todo, pois provamos para os golpistas que os trabalhadores unidos jamais serão vencidos, pois é na nossa luta, que nos tornamos mais fortes.
Por Belarmino Mariano.
* Fonte e Imagem - Igor Carvalho
Brasil de Fato | São Paulo (SP) | 25 de Setembro de 2023 às 06:25

Comentários

MAIS POPULARES

MEIO AMBIENTE E ECOLOGIA POLÍTICA: 40 anos de (des)encontros ambientais em um capitalismo predatório.

Trump: Que Tiro Foi Esse?

GEOPOLÍTICA: UM SÉCULO DE FASCISMO E SUAS MARCAS NA ATUALIDADE

É Possível Simplificar a Dialética de Marx?

Eleições dos Estados Unidos é Tudo a Mesma Coisa?

Recado para o Deputado Gustavo Gayer

Esquerda Unida Derrota o Fascismo Francês.

AGASSIZ ALMEIDA - A Difícil Despedida de um Revolucionário.

/A/Colheita de Ilusões

Extremos Climáticos, Crimes Ambientais e Acidentes Automobilísticos.