/A/Colheita de Ilusões

Por Belarmino Mariano.

Sempre aparecem alguns estranhos sem asas e sem bicos, falando em liberdade e em poder voar sem limites. Prometem frutos maduros e doces para serem bicados no mundo de leite e mel em abundância.
Sempre aparecem alguns estranhos que não plantaram, não regaram e nem cultivaram a Terra, mas querem fazer a colheita e querem ser os colhedores do que não plantaram.
Sem meias palavras, semeiam espinhos e só enxergam negatividades, só percebem ausências, defeitos e tendem a aumentar o grau de suas visões embaçadas para condenarem o já feito, 
Mas ao final dos canteiros floridos pelo trabalho alheio, onde já estão frutificados os morangos da Terra, prometem (a)colher você para o banquete dos signos sem significados claros, apenas pela magia discursiva.
Estranhos chegam para a colheita, mas não conhecem as técnicas, não sabem como se deu o preparo da Terra, estavam na sombra e na água fresca, observavam o trabalho ao longe e a rega espinhosa do sol a sol.
De longe e sem colocar a mão na massa, os estranhos se candidatam a fazer o trabalho fácil, aproveitar as laranjas maduras e penduradas em seus galhos de laranjais, mas muito cuidado, pois "laranja madura na beira da estrada está bichada ou tem marimbondo no pé".
Já que você é estranho(a) em terras alheias e foi bem acolhido nessa Terra abençoada, pise nesse chão devagar, venha com calma e parcimônia, ajude no trabalho pesado, colha as pedras, troncos e galhos espinhosos do terreno.
Colabore com o preparo do solo e na semeadura, plante e regue sem pressa. Pegue um galho e se faça espantalho das aves de rapina, coloque cunha e cabo na enxada, seja lavradora das ervas daninhas do roçado.
A colher, a faca e garfo na mesa pronta é fácil de manejar, no banquete de Platão parece a utopia da facilidade, na jornada das palavras semeadas como carrapicho, não servem nem para alimentar o gado, pois espinha, agarra e fere sem cessar.
Já que estamos falando em metáforas, o aprendiz e o mestre precisam combinar uma coisa. Mulheres brancas e negras se juntam para fortalecer seu campo e os homens conscientes apoiam aquelas que já sabem das coisas da vida, da dureza do trabalho já realizado, dos desafios e obstáculos vindouros, sem perder de vista, a ternura e os sonhos por dias melhores.
Sobre a dengue, muriçocas sangue-sugas chegam suaves e planam em nossa pele fina, transmitindo dissabores e adoram colher nosso sangue. 
Sobre "A Colheita e Os Estranhos", segundo a crítica cinematográfica, são apenas filmes de Terror, mas diante dos espetáculos da telona, prefiro documentários e séries da vida real, histórias do cotidiano, evito filmes estrangeiros, pois o cinema nacional precisa ser valorizado.
Agora é com elas!!!

Por Belarmino Mariano. Fragmentos de Imagens da rede.

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