Recado para o Deputado Gustavo Gayer


Por Belarmino Mariano.

Gustavo Gayer, galinha depenada, é a sua senhora hipocrisia racista e xenofóbica. Respeite o povo do Nordeste seu covarde, aqui na nossa terra tu é carniça!!!

Tu diz tudo isso dos nordestinos porque tu nunca se deparou com uma velha rezadeira, devota de Padre Cícero e Frei Damião tudo junto. Tu só bastava se encontrar com uma véia dessas, toda vestida de mortalha preta, com um véu preto na cabeça e numa hora que ela tivesse rogando uma praga atravessada de cururu teitei no espinhaço de um maledicente como tu, olho de briba cega!!!

Tava doido pra te vê aqui no Nordeste, nessas festas de interior e de cabra ignorante, numa briga de foice enferrujada, no meio de uma vaquejada, eu, tu e Casca de Bala, vem peste de gafanhoto, pra tu vê o que é um desmantelo grande da moléstia dos cachorros!!!

Eu só digo que tu és valente, se tu tiver coragem de vir aqui em Afogados das Ingazeiras, só pra conhecer a faca peixeira de 12 polegadas, bem amolada, de um esfolador de bode. Ai tu ai acompanhar ele matando o cabrito, tirando o couro e os fatos do bicho. Tu aguentas nada, catrevagem velha de mocambo de taipas!!!

Tu nos ataca, certamente por nunca ter ouvido falar do Rasgo da Catarina, nem de Lampião, o Rei do Cangaço. Nem tão pouco de Orós, Cedro ou Boqueirão, açudes onde muitos já se afogaram e sumiram na fundura das águas barrentas. Tu não sabe de nada, seu destrambelhado da rua da lama!!!

Arvora-te em atacar os nordestinos, por que nunca viste uma cabocla do sangue quente igual ao de Maria Bonita, roendo uma rapadura pra comer com carne seca, farinha e veneno de Cascavel. Vem aqui cara catarrenta, ouvi o chocalho de uma cascavel, seu piolho de jararaca!!!

Lava tua boca, quando for falar de um Nordestino arretado, pensa duas ou três vezes, pois aqui na Paraíba,  em Catolé Rocha, qualquer muvuca vira praça de guerra e aqui depois de uma arruaça é o lugar onde o homem e o bode berra, seu gogó de siriema da peste!!!

De longe é fácil falar, queria ver tu pelas ruas de Exu perturbando a ordem pública com palavreado chulo. Só para ouvir e ver um arranca-rabo daqueles, que só nordestino de Exu sabe fazer. Tá, era da vez que queria te ver correndo desatinado sem saber pra onde!!!

Queria te ver, tropeçar em um filho de Gandhi com o ovo virado em pleno carnaval de Salvador, aí tu ia ouvir o rufado do tambor e ver o que é bom pra tosse e resfriado, seu atravido da gaita de taboca rachada!!!

Eu só digo que tu és valente, se tu tiver coragem de vir aqui em Afogado da Ingazeiras, bem no meio do Pajeú Pernambucano, só pra conhecer a faca peixeira de 12 polegadas, bem amolada de um esfolador de bode. Ai tu vai acompanhar ele matando o cabrito, tirando o couro e os fatos do bicho. Tu aguentas nada, catrevagem velha de mocambo de taipas!!!

Falar mal de nordestino longe do Nordeste é bom demais, atravessa o Vale de Jequitinhonha, entra numa sinuca de bico, pede uma lapada de cana de cabeça com tripa assada e começa a falar mal dessa gente mansa e cabisbaixa daqui. Aí eu digo que tu vai dormir num formigueiro de saúva cortateira e vai acordar com a boca cheia de formiga. Vem desgraça de inundação, maribondo caboclo da peste!!!

Vem aqui em Nazaré da Mata e diz isso a um Caboclo de Lança do Maracatu Rural que ele é ridículo. Fala que achou a sua vestimenta feia demais. Vem mexer com um gavião carcará mascarado daqui seu frouxo de meia tigela!!!

Vem cá seu merda rala, titicacde galinheiro, quero assistir tu entrando em uma roda de capoeira regional de Feira de Santana. Aí tu vai saber o B-A-BÁ do berimbau e a pernada de um negão Zumbi(ndo) no pé dos teus ouvidos, traste ruim, cão  raivoso da meia noite!!!

Dá um pulinho aqui em Teresina pra gente entrar Caatinga adentro, atrás de um novilho brabo, Só pra vê se tu aguenta o espinho e a quentura do Sol na tua moleira, infitete da febre amarela!!!

Tu vem nada, tu és um frouxo, um empalesmado de uma figa, um bucho furado por uma bicheira supurante de uma vaca velha, cão coxo do inferno das cuias!!!

Vem aqui na periferia de Recife, seu fela da gaita, só pra falar mal de um torcedor do Cobra Coral, ou do Leão da Ilha. Aí eu quero ver a tua braveza e macheza juntas nas margens do Capibaribe, aí tu vai descobrir o que é  a lama podre do manguezal, ao som do Maracatu Atômico!!!

Tu não aguenta um peito de veia na caixa dos peitos, ai inventa de falar mal de Nordestino. Vem aqui em Sergipe, conhecer Zezinho Cotó, aquele que, com 12 anos, estourou um rojão no braço direito, só pra o sabgueiro escorrendo. Ele te desafia a entrar numa "guerra das espadas" de Estância, só pra ver ao final, com quantos braços tu vai ficar, seu bucho furado das tripas gaiteras!!!

Duvido da tua coragem em pisar aqui em Alagoas, só pra conhecer um cortador de cana-de-açúcar cheio de fuligem e com um facão rabo de galo que ele arrancou do oco do mundo. Tu com um facão e ele com outro, só pra vê se tu aguenta um fecho de cana no espinhaço, seu jumento batizado!!!

Vem aqui no interior do Ceará, que eu te garanto uma corrida de jumento em uma vaquejada da molesta dos cachorros e já vai imaginando quem será o jumento com as esporas nas virilhas!!!

Vem aqui no interior da Paraíba só pra te apresentar ao Seu Lunga, pois ele vai ter o prazer de enfiar um galão de água nas tuas costas, pra ver se tu é arrochado mesmo. Quero te vê com duas latas d'água de 20 litros cada, descendo uma leira berrenta, só pra tu se estatelar no chão e sair escorregando como em casca de banana!!!

Faz cara de brabo, faz cara de macho e atravessa a boca do mundo até chegar aqui entre Caicó e Mossoró, aí chama esse povo hospitaleiro de galinha depenada, de passa fome que só  vive de bolsa família. Garanto que tu nunca mais esquecerá o sabor do suco de umbu com estriquinina em pó, aluado lambisgóia, falador da vida alheia!!!

É porque eu sei que tu não vem, pois se tu viesse eu ia te levar numa capoeira brava de xique xique, faxeiro e jurema preta, só pra tu ouvir a Ema gemendo no tronco do Juremá, espirito ruim da caninana, azarado da encruzilhada da mula sem cabeça!!!

Tu és um fuleira, metido a valente, mas num aguenta comer uma buchada de bode ou um picadinho de sangue de porco. Ai se tu viesses aqui no Maranhão, era da vez que te levava numa encruzilhada pra ver se tu teria coragem de mexer na cachaça e na galinha preta dos orixás. Vem seu axilado dos quintos da besta fera, vem pras terras da macumba, pra o Preto Velho rezador botar um pá de chifres no teu quengo!!!

Tu não és protegido da bancada evangélica e bancada da bala, vem aqui no Agreste baino mexer com os caboclos da Jurema, vem aqui azedar o munguzá do Preto Véio. Tu és de nada, infeliz das costas ocas, papangu da molesta dos cachorros!!!

Aqui no Nordeste, tu iria aprender o caminho da roça ligeirinho nera? Só te digo uma coisa, pra tu tomar cuidado com a lança desse caboclinho, pois quando tu menos esperar, quando tu fizer o primeiro pantin, ele já terá enfiado a ponta dessa lança onde as tuas costas mudam de nome, seu covarde da peste bubônica!!!

Só te digo uma última coisa, pra ti e a tua cambada de gatunos mentirosos ficarem sabendo, fascista aqui não se cria, nem de noite e nem de dia e, nem quero te rogar uma praga, pois praga de Nordestino quando pega, deixa o cabra acabrunhado e entrevado para o resto da vida!!!

Cai fora catrevagem de circo sem lona, boca de sacola da peste, amargurado da moléstia dos castochorros,  argorento do quinto dos infernos, midura amarguenta!!!

Cuida, se avexa e sai fora seu picareta enferrujada, raspa fora, pega o peco, desaparece, arrasta a alpercata do terreiro, pica a mula, desaparece da minha frente e vai trabalhar seu vagabundo!!!
.........*........
Por Belarmino Mariano. Fotografia de Cristiane Nepomuceno .

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