EUA X China e BRICS+: Cadê os Defensores do Livre Mercado?
Por Belarmino Mariano e William Santos*
Essa era a maior economia do neoliberalismo e do livre mercado por mais de um século. Os Estados Unidos e seu dólar controlavam tudo, desde o final da Segunda Guerra Mundial e durante a Guerra Fria. Depois dos anos de 1989, com a derrubada do Muro de Berlim e em seguida, com a derrocada do Bloco Soviético o dólar ficou mais forte ainda e a economia se globalizou.
30 anos depois, com o fortalecimento da União Europeia, China, Rússia, países emergentes no Sudeste Asiático, América Latina, e com as novas tecnologias da Madi In China, as coisas mudaram radicalmente.
Os Estados Unidos só defendem o livre mercado quando estão no controle do processo, quando perdem espaço nas disputas neoliberais e passam a ameaçar seus concorrentes diretos, com taxações e impostos, travando uma verdadeira guerra comercial.
Com o surgimento do BRICS e sua ampliação, criação de um banco próprio e adesão de novos membros e parceiros, muita coisa mudou no livre mercado. A maior delas é a desdolarização da economia internacional em diferentes países.
Estamos começando a acompanhar a quebra da hegemonia econômica dos Estados Unidos e Trump pegou essa bomba chiando, mas não sabe o que fazer.
As famosas guerras para desestabilizar regiões não fazem mais o efeito esperado e sobretaxar mercadorias dos concorrentes poderá ser um tiro no próprio pé.
Resposta da China
Na contramão dessa política sugerida por Trump, a China acabou de zerar tarifas de importação para países em desenvolvimento com pouca participação no mercado internacional.
Isso abrirá o mercado chinês (uma das maiores economias no mundo) para produtos oriundos de países pobres. Um dos atos mais incríveis já vistos no mundo!
O governo chinês não esconde a intenção por trás disso: Impulsionar o desenvolvimento econômico desses países e favorecer a divisão internacional do trabalho.
Vale lembrar que, faz bem pouco tempo, o Trump estava esbravejando contra o BRICS, ameaçando tarifar em 100% produtos de países do bloco para impedir o comércio com os EUA -- e há um boato de que ele também ameaçou nada menos do que tomar o Canadá e transformar em um estado norte-americano, caso o governo canadense não aceitasse suas imposições comerciais.
O movimento da China, com todo o seu poder econômico, dá uma ideia de como será o embate entre esses dois gigantes (China e EUA) nas próximas décadas, com os EUA aplicando a política da força, ameaçando e coagindo nações, enquanto a China oferece parceria, ajuda e respeito, focando em parcerias com países onde há grande necessidade de desenvolvimento econômico (e faz isso sem colonizá-los).
Autores: William Santos e Belarmino Mariano. Imagens redes sociais e Brasil de Fato.
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