Los Angeles/EUA - Protestos com Jeito de Golpe.

Por Belarmino Mariano*

Los Angeles, virou notícia internacional, pous nos últimos três dias de protestos, incêndios de carros, depredação de lojas, saques e, por incrível que pareça, muitas bandeiras do México. Como dizia Caetano Veloso: "alguma coisa está fora da ordem". Com qual intuito, as pessoas levariam bandeiras do México para debydos EUA?

Que as revoltas e protestos contra o governo Trump e a sua política anti-imigração estejam acontecendo em todos os EUA é um fato, mas, em quase todos os lugares, sempre pacíficas e com poucos incidentes. 

Nas Universidades americanas, em Nova York, em Washington, na fronteira com o Canadá e em todos os grandes centros, estão acontecendo protestos, mas a grande mídia, faz de conta que está tudo normal. Mas, de repente, do nada, o mundo se volta para Los Angeles e tudo vira um espetáculo midiático. 

Não vou afirmar categoricamente, mas esse cenário, está muito parecido com as guerras híbridas, sendo testadas em várias partes do mundo. Usar os protestos e revoltas para ganhar vantagens políticas, enquanto instala um regime de repressão e redução dos direitos do cidadão.

Em Los Angeles, desde o dia 08 de junho, os protestos tomaram outro rumo. Vendo as imagens lembrei imediatamente da "Primavera Árabe", movimentos articulados pelas redes sociais, com jeito de defesa da democracia, mas usados para atacar governos de países que atrapalhavam os "negócios dos EUA", no Oriente Médio. 

Muito parecido com os protestos contra o governo de Hugo Chaves e depois contra Nicolas Maduro na Venezuela, com tentativa de golpe e grande campanha anti Venezuela que repercutiu mundialmente e levou os EUA aos embargos e bloqueios econômicos contra o país com as maiores reservas de petróleo do mundo.

Para quem estava no Brasil em 2013, em pleno governo Dilma Rousseff (PT), lembrará dos protestos, que começaram por causa de um reajuste de 0,20 centavos nas passagens. De repente surgiram vários movimentos de extrema direita, puxados nas redes sociais, como Vai pra Rua, MBL e os black blocks, com máscaras no rosto, incendiando ônibus, saqueando lojas e tocando o terror, inclusive em Brasília. O Fora Dilma e as faixas e cartazes pedindo intervenção militar.

Em 2013, começou o mesmo movimento na Ucrânia, com a derrubada do governo pro-Moscou e implantação do governo pró-OTAN/EUA. Agora na Fronteira do México, com black blocks, incendiando carros, invadindo lojas e tremulando bandeiras do México.

Esses tipos de protestos estão muito parecidos com o tiro cinematográfico que Trump levou na campanha presidencial. Os trumpistas republicanos, maioria no congresso dos EUA, estão amargando gigantesca desaprovação popular do governo Trump. 

De repente, criar uma tensão geopolítica na fronteira com o México, pode ser uma oportunidade para justificar o uso da força militar da Guarda Nacional, reprimir as pessoas que estão protestando pacificamente. Inclusive jornalistas e famílias que reclamam da perseguição aos imigrantes.

Atentos, pois essa violência militar do governo Trump, justifica um processo golpista para manutenção de um governo que ataca frontalmente a democracia dos EUA e do mundo.

Por Belarmino Mariano. Imagens das redes sociais. As imagens não deixam dúvidas e podemos fazer um comparativo.


Agora as imagens no Brasil 2013



Agora os protestos na Venezuela contra Chaves e Maduro 


Agora as imagens da "Primavera Árabe" 

Agora as imagens de golpe de Estado na Ucrânia em 2013.
Para fechar imagens de Brasília no dia 8 de Janeiro de 2022.


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