Por: Tico Santa Cruz Venho por meio desta nota oficial comunicar que a partir de hoje, dia 12 de junho de 2021, não faço mais parte do Abutres Moto Clube Raça em extinção.  Fui convidado em 2019 para fazer parte com a função de colaborar na parte Social do Clube. Nestes 3 anos que estive, conheci muita gente legal, fiz vários amigos, participei de várias ações importantes de coleta de alimentos, material de higiene e sempre fui prestativo em colaborar com minha imagem pública para levar mensagens ao grande público sobre as mobilizações muito importantes praticadas pelo Abutres Moto Clube no que se refere a ajudar ao próximo.  Tenho muito orgulho de ter feito parte da elite dos escudados, honraria que cabe a poucos.  Quando entrei no MC fui informado de que existiriam pessoas das mais diversas classes, credos, ideologias, profissões e que uma vez de colete, qualquer diferença seria colocada de lado em prol da irmandade - da mesma forma de que todos poderiam exercer FORA DO C

_Irretocável o texto de Bernardo Carvalho, na Folha de hoje, p. C10._ ```Numa entrevista recente ao jornal Libération, em resposta a uma pergunta sobre o confinamento na pandemia, o lendário diretor de teatro inglês Peter Brook, 95, relembrou os bombardeios de Londres durante a Segunda Guerra. Ao toque dos alarmes antiaéreos, as pessoas corriam para os abrigos subterrâneos, onde ficavam confinadas até soar de novo a sirene que as liberava, às vezes oito horas depois. “Quando saíamos, éramos engolfados pela destruição, a paisagem mais cotidiana já não existia, e nos dávamos conta de que a sirene tinha nos salvado.” No Brasil nós nos recusamos a ouvir a sirene. E, mesmo quando a ouvimos, não somos capazes de reconhecer a destruição ao sair do abrigo, simplesmente porque continuamos vivos. E é só o que conta. A indiferença diz muito sobre nossa relação com o que é público. Bolsonaro se elegeu com uma ideia da coisa pública baseada na mesquinharia de sua experiência pessoal. Sua eleição ev