ÍNDIO NÃO É (A) GENTE


Por Beto Quirino*
Quando atearam fogo em Galdino, disseram: Oh! desculpe-me, pensei que fosse um mendigo.
Agora dizem: Esses índios passando fome, não são brasileiros.
A quem traz esses pensamentos, eu fico a me indagar: Onde está a condição humana na mente desses seres? Os quais me atrevo a não chamá-los de humanos? 
E isso me deixa altamente confuso, pois eu prego uma igualdade humana, então: Onde eu vou encontrar igualdade em uma pessoa que tem essa capacidade de raciocínio?
Eu é que não queria estar na pele do diabo quando for recebe-los, sim, porque se essas pessoas forem pro céu, eu com certeza não irei junto com elas, eu as renego desde a materialidade à espiritualidade.
Tais pessoas me fazem crer na existência de um outro tipo de raça, donde não se pode denominá-las de humana. 
Os seres humanos têm coração, que oscilam num sentimento que vai do amor ao amor, não existe espaço para o ódio em um coração. O ódio, como todo mau sentimento, são reverberações tentando desestabilizar o equilíbrio emocional que nos faz sentir gente.
O índio, pelo seu contato mais direto com a natureza propriamente dita, se despe, literalmente, de alguns sentimentos de posse material. Obviamente, estou falando aqui da essência indígena.
Por isso eu quero deixar bem claro o meu ponto de vista em relação a todos esses fatos que desnortearam o Brasil nesses últimos anos, onde para mim, o ápice foi a questão Yanomami.
Se você coaduna com esses pensamentos vis, infames, mitocrático, 
* Ator, diretor, arteducador, bonequeiro.

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