O Brasil entrará para a OPEP+ e alterará os rumos do país na economia mundial.

Por Belarmino Mariano.
A Organização dos Países Produtores Exportadores de Petróleo (OPEP) é o maior cartel de petróleo do mundo. Inicialmente, foi criada em 1960, a partir dos países do Oriente Médio, Norte da África, América do Sul e Sudeste Asiático, atualmente com 13 países membros: Arábia Saudita, Irã, Kuwait, Venezuela, Iraque, Argélia, Equador, Gabão, Indonésia, Líbia, Nigéria, Catar e Emirados Árabes Unidos.
Entre as décadas de 1970 e 1990, ocorreu uma grande crise do petróleo e esse cartel passou a controlar o mercado mundial, interferindo diretamente na produção, preço e distribuição do produto.
No início do século 21, com a desculpa de combate ao terrorismo, os Estados Unidos, invadiram o Iraque, Afeganistão e passaram a fazer grande pressão a paises como Paquistão, Irã e Iraque.
Em 2016, com as crises mundiais de energia, a OPEP foi ampliada, com novos membros parceiros, passando a se chamar 
OPEO+ (Opep Plus), que atualmente reúne outros dez países aliados dos membros permanentes, entre estes produtores estão Rússia, México, Malásia e Sudão, além de outros.
Na manhã do dia 30 de novembro, em visita do presidente Lula à Arábia Saudita, foi feito o convite ao governo brasileiro, que sinalizou positivamente, mas como um observador internacional, em busca do desenvolvimento de combustíveis sustentáveis.
Esse convite surpreendeu ao próprio presidente Lula, mas a notícia impactou positivamente a economia brasileira.
Nesse caso, o Brasil passará a ser o 24* país, com 13 membros permanentes e 11 parceiros. Esse convite chegou em boa hora, pois além do Pré-Sal, novas áreas na foz do Amazonas colocam o Brasil entre os dez maiores produtores mundiais de petróleo e derivados.
Além da Opep+, o governo brasileiro em visita aos países árabes, conseguiu atrair quase 50 bilhões de investimentos para a transição energética, desenvolvimento sustentável e novas tecnologias no Brasil.
Quando o tema é voltado para a produção petrolífera, todo cuidado é pouco, pois apesar da Opep+ representar um grande cartel internacional, sexagenário, o que representa muito poder e domínio do mercado, correndo na mesma raia das disputas, temos as grandes empresas multinacionais e transnacionais que atuam em diferentes setores da indústria petroquímica mundial.
As gigantes petrolíferas mundiais, de acordo com os valores de mercado, são: Saudi Arabian Oil Co. (Saudi Aramco), China Petroleum & Chemical Corp. (SNPMF), PetroChina Co. Ltd. (PCCYF), Exxon Mobil Corp. (XOM), Shell PLC (SHEL), TotalEnergies SE (TTE), Chevron Corp. (CVX), BP PLC (BP), Marathon Petroleum Corp. (MPC) e Valero Energy Corp. (VLO) (ToroBlog, 2023). Estas são as principais empresas ou marcas que atuam em escala mundial.
Entre estatais e empresas privadas, incorporadas em conglomerados ainda maiores, que envolvem diferentes setores do mercado, com bancos, seguradoras, indústrias, pesquisas científicas, comodities e mercado de capitais, as empresas de capital Norte-Americano, são líderes mundiais ba área petroquímica.
Mesmo que os Estados Unidos não façam parte da OPEP+, a influência e os investimentos de suas empresas em alguns desses países é muito forte. Existe um poder paralelo que se combina as questões geoestratégicas do Estado Norteamericano, em que, a geopolítica nas áreas de grande produção de petróleo e os interesses de suas empresas privadas, bancam o poder politico interno, tanto dentro do Congresso dos USA, quanto do poder central e dos Estados da Federação.
Só para termos uma pequena ideia, petróleo e dólar estão atrelados, desde 1975, quando os membros da Opep aceitaram essa paridade. Isso deu uma grande vantagem aos USA, assim como o dólar como moeda reguladora de quase todas as balanças comerciais dos países capitalistas, que foram atreladas ao ouro.
Desde 1975, os Estados Unidos se tornaram o maior mercado de compra, venda e consumo de petróleo e derivados.
Essa paridade, deixou os países da OPEP presos ao jogo geoestratégico e geopolítico Norte-americano, não é atoa que entre 2001 a 2015, com a desculpa de combate ao terror,  os Estados Unidos entraram pesado no Oriente Médio, culminando com a ocupação do Iraque, Afeganistão e grandes bloqueios ao Irã e outros. 
A partir de 2010, outra grande intervenção dos USA no Oriente Médio, Norte da África e Mar Negro, geraram a "primavera árabe". Um movimento aparentemente espontâneo, nascido nas redes sociais controladas por empresas Norte-americanas, que derrubaram vários governos que "atrapalhavam" os negócios das empresas da potência imperialista.
Esse movimento entrou pesado na região da Síria e do Libano, enquanto deram suporte para Israel avançar a ocupação dos territórios palestinos, com colonos judeus e isolamento físico dos territórios como Faixa de Gaza e Cisjordania.
Para termos uma ideia, a guerra na Síria já dura 13 anos, sendo uma firte disputa entre as grandes potências, com o governo Sírio tendo o spoio russo.

É importante considerar que os 13 países fundadores da OPEP, a partir de 2016, mudaram esse jogo político e criaram a OPEP+, atraindo para o seu campo, fortes concorrentes dos USA, nesse patamar, se destacam a Rússia, México, Índia, Sudão, entre outros. Tendo a China como um forte parceiro.

Podemos dizer que a China é o segundo maior mercado de petróleo e gás do mundo, tendo suas gigantes estais e com a sua entrada na OPEP+, passou a ser o maior parceiro comercial da cartel do petróleo. Os investimentos chineses no Oriente Médio e na África, assustam fortemente is interesses dos Estados Unidos na Região.

O terceiro maior mercado de petróleo e gás é a União Europeia, com grande dependência energética, da Rússia, que se tornou membro da OPEP+, outro forte mercado, que vende energia e faz grandes lucros, pois atua com sua grande Estatal.

Alguns analistas de geopolítica, avaliam que a crise política provocada dentro da Ucrânia, desde 2013, fez parte dos planos Norte-americanos para desestabilizar a União Europeia e fazer pressão para quebrar a hegemonia energética russa. Parece que i tiro saiu pela culatra.

Se considerarmos que  quase todos os países do BRICS, estão na composição da OPEP+, ou são parceiros direitos, comoba China, com a ampliação do BRIC+, com a entrada dos países que historicamente fundaram a OPEP, esses novos arranjos geoestratégicos e geoeconômicos, alteram com força a hegemonia dos USA no Oriente Médio.

Do outro lado do mundo, na América do Sul, a Venezuela, segundo maior produtor de Petróleo da OPEP, nesse momento vive sua maior tensão de fronteira com a Guiana, pela região de de Essequibo, uma área muito rica em petróleo. Esse conflito estar diretamente atrelado aos outros conflitos por causa do petróleo.

Para concluir, as descobertas de petróleo e gás nos territórios palestino e o desespero das grandes corporações do imperialismo capitalista Norteamericano e Europeu, forçaram estas potências ao tudo ou nada, colocando os sionistas de extrema direita em Israel para massacrar o povo palestino. 

Esse genocídio sionista em Gaza, cumpre dois propósitos, limpeza étnica pró Israel e caos geopolítico no Oriente Médio, para que os USA, ganhem tempo em sua crise capitalista.

Na Geopolítica, nada acontece por acaso e quando tratamos de energia fóssil e seus derivados, o mercado treme nas bases.  Outros artigos que seguem essa linha teórica, estão abaixo, enquanto sugestão de leitura.
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Por Belarmino Mariano.
Imagens das redes sociais.
Temas afins:
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