100 Dias de Bolsonaro e a queda de ministros
Por Belarmino Mariano
A queda de um ministro em começo de governo não é uma coisa comum, há não ser, que o governo já esteja em crise. Parece que essa segunda versão é o que ocorre no atual governo de Jair Bolsonaro, que aos 100 primeiros dias, não consegue emplacar nem mesmo um Ministro para a Educação.
O primeiro conhecido como Ricardos Vélez Rodriguez, é um estrangeiro de orgiem colombiana e amigo pessoal astrólogo aposentado Olavo de Carvalho. Vélez tinha certa caidinha por sistemas de ensino militarizados e conseguiu apoio até de alguns reformados que estão comando do governo. também conseguiu a façanha de declarações polêmicas e que desagradaram até mesmo aos aliados do próprio governo.
O segundo é economista, conhecido como Abraham Weintraub, não é totalmente estrangeiro, mais tem nome de estrangeiro e no cargo com certeza será mais um estranho no ninho da Educação brasileira. Os dois tem algo em comum, são defensores das teorias conspiratórias de Olavo de Carvalho. O primeiro, apostava no militarismo e no combate aos pensadores de esquerda, o segundo é aposta em uma educação entregue ao mercado de capital e apoia as teorias de combate ao marxismo cultural que existe na cabeça dos olavistas, que também acreditam na terra plana.
De acordo com Thais Paranhos (Metrópole, 08/04/2019), Abraham Weintraub em seus 20 anos como economista sempre atuou no mercado de capitais, tendo sido diretor do Banco Voltarantim entre outras instituições financeiras. Só aí já existe uma forte negativa para assumir o cargo, pois a pasta exige alguém que entenda dos parâmetros da educação. Logo, a grande diferença entre o Vélez e o Abraham Weintraub é que o segundo, por não entender nada de educação, poderá considerar essa pasta como um mercado aberto para investimentos de capital, típico dos sistemas privados de educação que já atuam no financeiramente no Brasil.
O atual ministro se encaixa nas políticas de cortes de investimentos em educação pública e gratuita e certamente irá colocar em prática o que a PEC 095, que congelou investimentos em educação por 20 anos (Lei do Teto como ficou conhecida). Esta previsto um investimento de 108 bilhões para o MEC em 2018, mas, além do congelamento por 20 anos, já foram anunciados cortes de mais de 5 bilhões para 2019.
Vejam que se trata de retorno de 360 graus para o atraso, quando já se sabe que o país vivia um período de expansão do Ensino público, com a implantação de novas universidades e com a instalação de centenas de Institutos Federais de Educação Superior. com os programas de Dinheiro Direto nas Escolas (PDDE), investimentos em transportes, qualificação docentes, concursos para servidores/professores, programas de formação de professores, intercâmbios com outros países, entre outras ações que foram adotadas durante os governos Lula/Dilma.
O atual desmantelamento do MEC é o demonstrativo de que o governo não tem compromisso com a educação e tais escolhas comprometem seu funcionamento básico, pois além do ex-ministro ter paralisado o funcionamento do MEC, deixando programas inteiros em colapso, ao exemplo do ENEM, recursos para pesquisas em universidades e insegurança para os profissionais da área, agora a situação piora, pois certamente teremos uma visão em que a educação será tratada como uma mera mercadoria.
Um problema do economista escolhido para ministro é o fato de seguir a cartilha olavista, que aposta no desmantelamento das universidades públicas como uma forma de combater os pensadores de esquerda que atuam principalmente nas universidades, atacando no que eles consideram como marxismo cultural. O tal "viés ideológico" é a desculpa para destruir a Educação como o mais importante pilar para o desenvolvimento de um país.
O outro problema será da educação como um todo, pois o Brasil, em cada um dos seus estados e municípios, precisa de investimos seguros em educação, sob pena de um colapso do setor, pois esses recursos repassados pelo MEC movimentam a vida de milhões de pessoas em todo o Brasil. O corte de cada centavo na educação, afeta o desenvolvimento municipal, estadual e federal em todos os lugares. Programas fundamentais deixam de ser executados, escolas e universidades ficam sucateadas e o país retrocede em seu processo de desenvolvimento. Agora não precisamos mais combater os ideólogos da Escola Sem Partido (ESP), pois a educação de agora é a principal pasta da Escola do Partido da Economia (EPE).
Antes que seja tarde e que os estragos sejam incorrigíveis, temos que repudiar mais um erro proposital desse governo:
Temos que juntar forças para defender uma educação pública, laica, desmilitarizada e de qualidade!
Queremos um Ministro que entenda de Educação, queremos políticas sérias para o MEC, pois não se trata de um governo A ou B, mas do futuro do Estado-Nação brasileiro e não é brincadeira para aventureiros do plantão!
Fontes:
https://www.metropoles.com/brasil/politica-br/veja-quem-e-abraham-weintraub-novo-ministro-da-educacao-de-bolsonaro
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/2019/04/09/interna_politica,748290/novo-ministro-weintraub-tem-ideias-semelhantes-as-de-bolsonaro.shtml
Economista Abraham Weintraub, novo ministro da educação. |
O primeiro conhecido como Ricardos Vélez Rodriguez, é um estrangeiro de orgiem colombiana e amigo pessoal astrólogo aposentado Olavo de Carvalho. Vélez tinha certa caidinha por sistemas de ensino militarizados e conseguiu apoio até de alguns reformados que estão comando do governo. também conseguiu a façanha de declarações polêmicas e que desagradaram até mesmo aos aliados do próprio governo.
O segundo é economista, conhecido como Abraham Weintraub, não é totalmente estrangeiro, mais tem nome de estrangeiro e no cargo com certeza será mais um estranho no ninho da Educação brasileira. Os dois tem algo em comum, são defensores das teorias conspiratórias de Olavo de Carvalho. O primeiro, apostava no militarismo e no combate aos pensadores de esquerda, o segundo é aposta em uma educação entregue ao mercado de capital e apoia as teorias de combate ao marxismo cultural que existe na cabeça dos olavistas, que também acreditam na terra plana.
De acordo com Thais Paranhos (Metrópole, 08/04/2019), Abraham Weintraub em seus 20 anos como economista sempre atuou no mercado de capitais, tendo sido diretor do Banco Voltarantim entre outras instituições financeiras. Só aí já existe uma forte negativa para assumir o cargo, pois a pasta exige alguém que entenda dos parâmetros da educação. Logo, a grande diferença entre o Vélez e o Abraham Weintraub é que o segundo, por não entender nada de educação, poderá considerar essa pasta como um mercado aberto para investimentos de capital, típico dos sistemas privados de educação que já atuam no financeiramente no Brasil.
O atual ministro se encaixa nas políticas de cortes de investimentos em educação pública e gratuita e certamente irá colocar em prática o que a PEC 095, que congelou investimentos em educação por 20 anos (Lei do Teto como ficou conhecida). Esta previsto um investimento de 108 bilhões para o MEC em 2018, mas, além do congelamento por 20 anos, já foram anunciados cortes de mais de 5 bilhões para 2019.
Vejam que se trata de retorno de 360 graus para o atraso, quando já se sabe que o país vivia um período de expansão do Ensino público, com a implantação de novas universidades e com a instalação de centenas de Institutos Federais de Educação Superior. com os programas de Dinheiro Direto nas Escolas (PDDE), investimentos em transportes, qualificação docentes, concursos para servidores/professores, programas de formação de professores, intercâmbios com outros países, entre outras ações que foram adotadas durante os governos Lula/Dilma.
O atual desmantelamento do MEC é o demonstrativo de que o governo não tem compromisso com a educação e tais escolhas comprometem seu funcionamento básico, pois além do ex-ministro ter paralisado o funcionamento do MEC, deixando programas inteiros em colapso, ao exemplo do ENEM, recursos para pesquisas em universidades e insegurança para os profissionais da área, agora a situação piora, pois certamente teremos uma visão em que a educação será tratada como uma mera mercadoria.
Um problema do economista escolhido para ministro é o fato de seguir a cartilha olavista, que aposta no desmantelamento das universidades públicas como uma forma de combater os pensadores de esquerda que atuam principalmente nas universidades, atacando no que eles consideram como marxismo cultural. O tal "viés ideológico" é a desculpa para destruir a Educação como o mais importante pilar para o desenvolvimento de um país.
O outro problema será da educação como um todo, pois o Brasil, em cada um dos seus estados e municípios, precisa de investimos seguros em educação, sob pena de um colapso do setor, pois esses recursos repassados pelo MEC movimentam a vida de milhões de pessoas em todo o Brasil. O corte de cada centavo na educação, afeta o desenvolvimento municipal, estadual e federal em todos os lugares. Programas fundamentais deixam de ser executados, escolas e universidades ficam sucateadas e o país retrocede em seu processo de desenvolvimento. Agora não precisamos mais combater os ideólogos da Escola Sem Partido (ESP), pois a educação de agora é a principal pasta da Escola do Partido da Economia (EPE).
Isso tudo demonstra que o atual governo, além de não ter apresentado nenhum projeto político para a educação brasileira, pelo fato de não dá continuidade aos atuais, coloca em risco e vulnerabiliza a vida de milhões de crianças que poderão ficar sem merenda, sem materiais escolares e sem professores, além de destruir o sonho de milhões de jovens, em fazer um curso superior, perdendo a oportunidade de se profissionalizar para o mercado qualificado de trabalho.
Se fosse em uma corrida de cavalos em que o apostador estivesse querendo apostar para ganhar, diríamos que em se tratando de educação, colocar um economista que nada entende de educação para comandar o MEC seria apostar no cavalo errado ou no azarão. Isso talvez seja o que Bolsonaro chame do "politicamente incorreto", ou seja, entregar um dos maiores orçamentos em Educação da America latina a um economista que sempre atuou no mercado financeiro é querer quebrar com a Educação brasileira em todos os sentidos. Mas se isso for o politicamente incorreto o cavalo vai fazer exatamente a corrida que o apostador espera.Antes que seja tarde e que os estragos sejam incorrigíveis, temos que repudiar mais um erro proposital desse governo:
Temos que juntar forças para defender uma educação pública, laica, desmilitarizada e de qualidade!
Queremos um Ministro que entenda de Educação, queremos políticas sérias para o MEC, pois não se trata de um governo A ou B, mas do futuro do Estado-Nação brasileiro e não é brincadeira para aventureiros do plantão!
Fontes:
https://www.metropoles.com/brasil/politica-br/veja-quem-e-abraham-weintraub-novo-ministro-da-educacao-de-bolsonaro
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/2019/04/09/interna_politica,748290/novo-ministro-weintraub-tem-ideias-semelhantes-as-de-bolsonaro.shtml
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