"Vagabundo"

Imagem extraída de redes sociais.
Por: Lúcio Flávio Vasconcelos (Historiador)
A política é arte e também ciência. Foi inventada pelos antigos gregos para resolver os conflitos, diminuir as tensões sociais e evitar as guerras.
No Brasil do século XXI, o PSL faz a pré-política. As agressões, os xingamentos e as traições são a regra, não a exceção.
Com o termo pejorativo "vagabundo", o delegado Waldir, líder do PSL, se referiu a Bolsonaro, ainda integrante do PSL, partido que o elegeu presidente do Brasil.
Nunca antes na história do país se viu uma ofensa dessa magnitude, partindo de um aliado, ao dirigente máximo da república.
Isso é resultado da própria origem dos integrantes do PSL, a começar do seu líder máximo: Jair Bolsonaro.
Acostumado a tratar seus opositores com palavras chulas, tom agressivo e raciocínio tosco, Bolsonaro e seus filhos deram vez e voz à uma legião de políticos neófitos de extratos sociais desacostumados as regras de convívio democrático e civilizado.
Habituados ao discurso virulento, defensores de atitudes violentas, a "famiglia Bolsonaro" se inspira no modus operandi das quadrilhas de milicianos, onde a lei do mais forte impera.
Mas a política não permite a violência pura e simples. Estamos em outro patamar civilizatório. Por isso os Bolsonaro começaram a perder força e prestígio em grande velocidade.
Primeiro na sociedade, quando o presidente Bolsonaro, de acordo com todas as pesquisas, atingiu péssimos patamares de aprovação.
Depois dentro do Congresso Nacional, mesmo entre os deputados e senadores mais conservadores, capitaneados pelos integrantes do DEM.
E, por último, entre os membros do seu próprio partido, o PSL.
Se não mudarem de discurso e, principalmente, de prática, dificilmente a "famiglia Bolsonaro" conseguirá manter seu projeto de poder por longo tempo.
Janio Quadros e Collor de Melo que o digam!

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