A Geografia nunca foi tão maltratada na sua vida.
Por Belarmino Mariano
Se não bastasse as barragens de dejetos de Brumadinho, o petróleo nas praias nordestinas e as queimadas na Amazônia e Pantanal mato-grossense. Agora o ministro da saúde do Brasil, muda as Estações do ano, dando um nó nas linhas imaginárias do Equador, trópicos de Câncer e Capricórnio e afetando os círculos polares da Terra.
Mas o que esperar daqueles que acreditam que a Terra é Plana? O Pior é que um dos ministros já foi ao Espaço, mas fica quietinho, pois se revelar a verdade, poderá ser colocado na fogueira Olavista dos palavrões e ignorância.
Desconfio que o presidente, talvez já tenha revogado a Lei da Gravidade, ou no mínimo o princípio da inclinação do eixo da Terra. Talvez, só assim, poderia fazer neve em Teresina e congelar as praias do litoral paraibano.
A Geografia da População nunca sofreu tanto nesse país. Já temos quase 40 mil mortos e mais de 780 mil casos de Covid-19. Isso, sem citarmos a falta de testes e as milhares de subnotificações.
Para a Geografia Regional, faz dó a leitura dessa declaração do Ministro Pazuello:
— "Para efeitos da pandemia, nós podemos separar o Brasil em Norte e Nordeste, que é a região que está mais ligada ao inverno do hemisfério Norte. São as datas do hemisfério Norte em termos de inverno. E ao Centro-Sul, Sudeste, Centro-Oeste, que é o restante do país que está mais ligado ao inverno do hemisfério sul, que tá começando agora, junho, julho e agosto" (Pazuello).
Ministro, nem bata e nem maltrate a Geografia, pois sem Geografia perdemos as noções socioeconômicas, políticas, culturais e ambientais do nosso país e do mundo.
Um chá de bússola poderia ajudar, coloquei Cloroquina e uma cabeça de alho para aumentar o enxofre, pois o chá de bússola lhe ajuda na orientação, enquanto o alho ajuda no combate a pandemia.
Sua divisão regional em Norte e Sul, data do século XIX, mas nela não entrava o hemisfério Norte. Essa sua geografia nem nos testes de admissão para entrar no ensino secundário do Colégio D. Pedro II.
Essa divisão regional que o Senhor apresentou é absurda de tal forma, que a Climatologia perde completamente o sentido.
O seu governo é um desastre em quase todos os sentidos. Uma tragédia anunciada, bem antes da pandemia.
Agora o desastre sanitário e de saúde pública não consegue ofuscar esse obscurantismo científico. Não existe dicotomia nesse governo, predomina um totalitarismo da ignorância, agora, geograficamente bem situada em sua linha de raciocínio ilógico e fora de órbita.
Para que o Nordeste e grande parte do Norte do Brasil sejam colocados no Hemisfério Norte, você teria que mover as placas tectônicas das três Américas, estas se chocariam com as placas do pacífico e/ou do Atlântico, que gerariam choques em cadeia. Nesse caso, a pandemia seria uma "gripezinha de nada" diante da catastrófica hecatombe planetária.
Os impactos geológicos e ambientais seriam gerais, provocando dobramentos da crosta terrestre, gerando abalos e ondas sísmicas, erupções vulcânicas, tsunamis e, nada mais séria como antes.
Lembrando e parafraseando o amigo e Geógrafo cearense Manoel Neto, "das muitas coisas sem serventia, uma delas é essa sua Geografia". Essa Geografia do Ministro, serve antes de mais nada para confundir. Mas, nesse governo Bolsonaro, o importante é omitir, confundir e atrapalhar.
O mundo de Cabeça para baixo. isso É Guarabira. |
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