Geopolitica e Economia Política em Tempos de Pandemia

Imagem das redes sociais.

Por Belarmino Mariano

Alguns acham que a economia em crise foi destruída pelo Coronavirus. Isso é em grande parte falso. Na verdade, o mundo capitalista vive uma grande crise mundial, fruto de profundas desigualdades socieconômicas em todo o globo e das grandes concertações de tecnologias e capitais em alguns países centrais. A grande disputa comercial e tecnológica entre Estados Unidos e China é o atual epicentro da economia mundial.

O Covid-19, talvez, seja apenas uma bomba de fumaça, para que os americanos ganhem tempo, até chegarem a Tec-5G já dominada pela chineses e em via de serem lançadas no mercado globalizado. 

Os esquemas americanos, se intensificaram na ultima década. A "Primavera Árabe", assolou os países do oriente médio, ao radicalismo orquestrados por dentro das redes sociais. O mundo Árabe foi abalado por revoltas "populares", que derrubaram dezenas de governos autoritários, todos anti-americanos e em seus lugares entraram governos Pró-USA. Ampliar o controle do petróleo era a meta. Até o momento, a Guerra Civil na Síria, ainda é um dos desdobramentos da "Primavera Árabe." O retorno de forças políticas de extrema direita, aportaram em vários países do mundo, inclusive com discursos neonazistas e neofascistas, ao exemplo do próprio Estados Unidos, Ucrânia, Itália e Brasil.

A "Primavera" ao estilo Árabe, chegou aos Chineses, com movimentos contra o governo, de dentro do Hong-Kong, o pedaço de terra mais capitalista da China, com forte influência britânica e americana. Protestos e revoltas tentaram desestabilizar o governo chinês. Depois o Covid-19, que os chineses controlaram de forma rápida e "cirúrgica", propondo o isolamento quase que total e tratando a doença como parte de um estado de guerra. 

Nesse momento os chineses, retomam lentamente sua gigantesca economia com êxito, inclusive retirando vantagens comerciais com seus produtos e a serviço da humanidade.

Nos Estados Unidos, parece que o feitiço se virou contra o feiticeiro. Supremacia Branca e discursos de ódio, levaram o país ao epicentro do Covid-19. Denuncias de crimes constitucionais contra Trump e morte de negros pelas mãos de policiais brancos, levou os americanos aos gigantescos protestos, pois o Movimento Negro americano, já não aguenta tanto preconceito e perseguição aos afro-americanos, principais vítimas fatais do Covid-19. Dos protestos pacíficos as ações de vândalos infiltrados no movimento e ao serviço do caos. Esse Caos interessa ao Trump, que tenta canalizar qualquer coisa em favor de sua impopularidade entre os americanos. Mas eleição nos Estados Unidos, não dependem diretamente do Povo e, só um revolta gigantesca para impedir a reeleição desse governo neofascista americano.

A crise econômica mundial que já era anunciada, bem antes da Covid-19, com a pandemia, ganhou novos e dramáticos contornos. Mas quem disse que a economia parou, estagnou e não existem mais saídas econômicas para essa crise? O governos neoliberais que estão totalmente ao serviço do capital, ao exemplo do Americano e Brasileiro, mas contraditoriamente, os próprios dados desses governos confirmam crescimento em setores como o agronegócio, áreas de saúde, serviços mortuários, telecomunicações, energia, deliverys e segurança.

No Capitalismo, enquanto alguns perdem a própria vida, pelo risco e descuido, outros inventam ou reinventam novas ou até antigas maneiras para ganhar dinheiro.

Venho observando que em Guarabira, estão voltando a cena cotidiana, novos serviços, que já estavam esquecidos de todos. Há duas semanas, vejo aqueles carros de som todos coloridos, cheios de bolas de festas, com um serviço de som e transmitindo mensagens de feliz aniversário, pedido de noivado, casamento e registro de boas vindas para recém-nascidos. 

Também passei a notar aqueles serviços de entrega de cestas de café da manhã, lanches da tarde e jantares especiais para aniversariantes e outras datas comemorativas como dia das mães, dia dos namorados, etc.  Minha amiga Maedna Araújo (@boxx33) é uma dessas novas empreendedoras. Parabéns por mostrar que somos nós quem fazemos a economia e não o contrário. Existem  saídas, encontre a sua, mas respeita a quarentena ou o isolamento social..