"Nem só de capim vive o homem"
Essa carapuça não serve para a cabeça de todos, todas, mas, certamente, se encaixa perfeitamente em Minions conservadores e de extrema direita.
Em plena pandemia mundial de Covid-19, muitos Brasileiros desdenharam e continuam negando a gravidade da Pandemia, que já ceifou mais 74 mil Brasileiros e beira os 2 milhões de infectados.
Parafraseando Jesus Cristo, quando disse que, "nem só de pão vive o homem", parece que o governo federal e algumas pessoas deveriam seguir as recomendações da OMS, para o isolamento social e para buscar apenas o essencial para viver neste momento.
Pelo contrário, nestes 120 dias de Covid-19 no Brasil, empresários, comerciantes, grupos evangélicos e o Governo Bolsonaro, negaram a pandemia e insistem em reabrir indiscriminadamente, todas as atividades econômicas do país.
Uma grande parcela da sociedade, segue as orientações do presidente e não cumprem o isolamento social que alguns prefeitos e governadores tentam implementar.
Diante das pressões, grandes centros urbanos, médias e pequenas cidades, em meio as crescentes taxas de óbitos e infectados, reabrem o comércio não essencial e os shoppings centers.
Aí cabe muito bem a ideia de quem, "nem só de capim ou pasto vivem os homens", pois filas e aglomerações lotam os shoppings, lojas, bares e restaurantes de todo o país.
Esse efeito manada de volta as compras não essências, demonstra que a humanidade vive presa a lógica do consumismo sem limites.
Despreocupados, seguem rumo ao colapso do sistema de saúde e ao stress dos profissionais de saúde que, esgotados e sem forças, vêem a tragédia anunciada pelos cientistas do mundo inteiro.
Enquanto uns lotam os shoppings, milhões de famílias pobres passam fome e se expõem ainda mais ao contágio.
Enquanto o governo Bolsonaro tange o rebanho para o mercado, o capim verdinho, convertido em dólares, enriquece ainda mais os donos dos meios de produção. E muitos, ainda se dizem cristãos.
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