GEOPOLÍTICA - A Ucrânia destruída e a OTAN nas cordas?
Com essa imagem da UOL (05/05/2021), perguntamos o que acontece nos dias atuais em territórios ucranianos? acabaram as imagens, não vemos mais bombardeios em território de guerra, quais os motivos para o silêncio quase que total, diante de um cenário de resistência, com forças externas de grupos paramilitares da OTAN, saídos de países vizinhos, que também estão virando "bucha de canhão" dos interesses norte-americanos, pois já não existe muitas tropas ucranianas nos frontesvde batalha.
Em 15 meses de guerra, com ataques diários de tropas russas em territórios ucranianos, com grandes conquistas territoriais, que segundo alguns analistas, ultrapassa os 30% do território da Ucrânia.
O silêncio é quase que total, existem matérias curtas e de poucos detalhes, os mapas da guerra são de agosto ou setembro de 2022, dali pra frente, não temos mais quase nenhuma notícia dos avanços ou recuo de tropas. Algumas agências nem a desfaçatez de apresentar mapas irreais consegue.
Se os mapas e as noticias deixaram de ser produzidos, mas a Rússia não parou nem um dia, seus ataques e avanços, provavelmente, os dados sejam bem piores que imaginamos.
Pelas curtas publicações das agências ocidentais pró OTAN, é como se os russos estivessem recuando e perdendo territórios já ocupados, mas os mapas divulgados pelas agências russas deixei outra coisa. Afinal, em que acreditar? Nessa guerra informacional que, mais esconde do que revela.
A Ucrânia, diante de uma quase que total destruição, parece que restam apenas mercenários contratados não se sabe por quem? O que incomoda a OTAN? Quais os limites da União Europeia para uma Guerra que poderá se estender até 2025 ou 2030, como acontece na Síria, que já se estende por mais de 12 anos.
Será que as estratégias de guerra híbrida dos Estados Unidos, muito usadas em conflitos do Oriente Médio e mediterrâneo, tem funcionado contra a Rússia, já que não podem atacar o "grande urso" de frente?
Não podemos esquecer que, em grande parte, a guerra russo/ucraniana na geoestrategia russa é completamente hibrida, com uso de drones, com muita espionagem em intranet e uso das redes sociais para descobrir as estratégias e táticas vinda dos inimigos.
O silêncio e o abafa das informações da guerra, que se observa em todos os canais do ocidente, agências de notícia e repercussão das informações, parece ser muito mais para esconder o fracasso da OTAN.
O silêncio é muito parecido com a grande explosão do foguete da spaceX, do Elon Musk. Um foguete explode e uma guerra eclode e se arrasta por 15 meses, nas no mundo midiático, cessaram as notícias internacionais sobre esses assuntos.
Parece até que a volta do Lula ao poder no Brasil, provocou um novo frenesi no cenário geopolítico mundial, em especial com as suas visitas aos Estados Unidos, tratando de questões ambientais, mas também chamando o governo Joe Biden para um novo entendimento de paz para o mundo.
Agora, com a visita de Lula a China, com Dilma na presidência do Banco do Brics, com a volta das relações ampliadas com o Irã. Agora, com a visita de Lula a Portugal, com o discurso de paz, se caminha para um desgaste ainda maior da OTAN. Lula deixou explícito para a União Europeia que, não existirá um mundo sustentável com países fazendo guerras.
O cenário geoeconômico para a entrada de mais membros do BRICS+, ao exemplo da Argentina, Turquia, Irã, México, Tailândia, entre outros, vai gerar uma perspectiva de PIB estratosférico em economias emergentes. PIBs que poderão ultrapassar os países do G7, se já não ultrapassou.
Como estes movimentos de ampliação do BRICS+ já estão em curso e poderá se consolidar nestes dois ou três anos, a situação de perda de liderança dos EUA na economia já é dada por certa, até mesmo pelos economistas do Ocidente.
A situação geopolítica dos Estados Unidos e suas manobras na Europa, impondo a OTAN como saída estratégica e manutenção de uma guerra dentro da Ucrânia, um território arrasado, poderá encurralar ainda mais essas velhas estratégias de guerra, mesmo que se use as tais estratégias de guerras hibridas.
O dólar sem ancora e sem lastro e a perda de importantes territórios do petróleo, podem deixar os americanos no fundo do poço e vale salientar que boa parte de suas armas, estão distantes do território, em mãos de supostos aliados, que já estão vendo o barco afundar, logo, nem tudo se encontra sob controle.
Os americanos conseguiram um grande feito, com esse conflito na Ucrânia, reaproximaram russos e chineses em uma geopolítica que poderá provocar o fim do sistema imperialista do dólar.
Se os russos, usarem as estratégias chinesas de guerra tartaruga, com certeza, essa guerra em território ucraniano se arrastará até no mínimo 2030.
Será que a União Europeia consegue se manter numa guerra tão extensa, com sua grande dependência dos recursos energéticos russos?
Lula provocou o grande mau estar que os detentores do dólar poderiam esperar. Pela reação dos aliados da OTAN, Lula cutucou a cobra com vara curta.
Não tenham dúvidas que essa provocação, inclusi, dentro do território chinês, seguirá com retaliações e pressões inimagináveis. Primeiros serão os ataques da grande mídia que já começaram, depois virá a promessa de liberação de verbas para o fundo amazonas, na ordem de 500 milhões, mesmo sabendo que o anúncio poderá ser vetado pelos republicanos no Congresso, seguidos pela ideia factoide, de que Lula é aliado russo na Guerra da Ucrânia.
O presidente Lula, parece que cometeu um erro com propósitos e simulações, provocou os controladores do dólar e disse claramente que algumas potencias que financiam a guerra na Ucrânia, não querem a paz.
Tirando as tensões nas quais se envolveu diretamente, Lula se qualificou ainda mais para construir um grupo de países para construir um final de Guerra, ainda em 2023. O presidente da França Emanuel Macron já demonstrou interesse. Brasil, China, França, Irã, Argentina, México, Índia, África do Sul e outros importantes aliados chines, poderão criar outra narrativa, capaz de fazer os russos recuarem estratégicamente.
Em Portugal, Lula conseguiu contornar os ataques neoliberais e da OTAN, se colocando como um dos líderes mundiais, capazes de protagonizar um acordo de pacificação entre Rússia e Ucrânia, coisa que o bloco da OTAN não tem interesse, mas ser contra, nesse momento, será um desgaste ainda maior, para essa engrenagem monstrengo que ainda resta da guerra fria que Joe Bien e os democratas estão bancando até o momento.
Muitos analistas independentes dizem que, essa é uma Guerra indireta da OTAN contra os Russos, a Ucrânia é apenas o palco dos desgastes, mas poderá ter desdobramentos bem maiores e incertos, entre os quais, um longo período de combates en campo de batalla, gerando mais perdas dos territórios ucraniano que pide ser varrido do mapa mundial, voltando a pertencer a velha Rússia dos Czares.
A visita do representante russo Lavrove ao Brasil, indica que uma proposta vinda do Brasil, poderá por fim as operações militares na Ucrânia. E provavelmente, Putin esteja pronto para uma saída estratégica e espera apenas momento e o movimento correto das peças desse tabuleiro geopolítico.
Nesse novo cenário, Lula vem conseguindo fazer movimentos transversais e como os bispos do xadrez, já se qualificou para essa mediação, com o o encerramento do jogo, antes de qualquer check-mate.
Não podemos esquecer que as Eleições presidenciais dos Estados Unidos, poderão gerar uma crise política dentro do país, completamente transloucada, pois, diante do entendimento daquele mundo bi-partidario, existe uma clara situação de disputa entre os líderes armamentistas e uma tendência dos cidadãos médios que não acreditam mais nesse modelo. Logo, essa guerra que é alimentada atualmente pelos democratas e, até certo ponto, uma ala dos republicanos, poderá gerar uma guerra intestina, dentro da grande potência, com o maior complexo armamentista e militar do mundo.
As disputas de narrativas entre demócratas e republicanos, com vazamentos de estratégias erradas do governo Biden e a própria interferência de Trump e da espionagem russa em solo dos EUA, conturbam ainda mais a situação.
Se essa guerra OTAN x Rússia continuar, os desdobramentos geopolíticos serão tenebrosos. A Guerra vai ganhando desdobramentos do Louva Deus, lentidão e calma chinesa, misturada com hibernação polar do grande urso do ártico. Se isso acontecer de fato, ou a Europa Europa se quebra na emenda e é levada diretamente para o conflito ou simplesmente, ou os europeus acordam dessa dependência geopolítica americana e constrói a ponte para a paz, conforme Lula, chineses e outros estão construindo. Esse com certeza é o melhor caminho para todos, assim diria Sun Tzu em a Arte da Guerra (século IV a.C.).
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