A Perversa e sarcástica ironia do Tchau!

Por Belarmino Mariano 
Não sei se é carma, darma, retorno e recorrência, mas a verdade é que a palavra tem poder e é avassalador. 
Muitos de nós até acham que tchau é uma expressão de origem anglo-saxonica, devido a forte influência do estrangeirismo inglês em nosso meio. Em muitos casos, a substitui por bye-bye (goodbye)
Mas, assim como belladona, para bela mulher, tchau é de origem italiana, mais especificamente de Veneza e expressa adeus em despedidas rápidas.
Essa palavra foi uma das que senti mais forte, quando a presidenta Dilma e a democracia foram golpeadas por fascistas em 2016.
Não importava como se escrevia: tchau, chau, txau ou xau, era a maneira irônica e nojenta dos golpistas, com seus cartazes de "Tchau Querida!" "Tchau Querida!" "Tchau Querida!" Aquilo feriu a minha calma, a minha alma e a minha alegria.
Um alarido de vitória injusta e desleal tomou conta daquele fedorento congresso de ratazanas. Os discursos intermináveis de exaltação à família tradicional brasileira e o "Tchau Querida!" Em cada final me machucou e muito.
Essa palavra Tchau, que sempre me suava positiva, ganhou um estranho conotativo negativista.
Se servia como uma expressão de despedida, um até logo, vai com Deus, estou aqui lhe esperando, volta logo, até mais. Se tornou traumatizante, pois o tchau sempre me remetia ao querida e a cara suja dos fascistas nojentos.
Depois de tudo, da tempestade de desgraças que se abateu pelo Brasil, Depois do fatídico "Tchau Querida!" Depois da derrota do inominável e diante da sua inegibilidade por 8 anos, seguida de sua prisão, não lhe desejarei tchau e nem querido.
Não serei irônico e nem sarcástico. Não serei carrasco e nem piadista. Quero que apodreça entre as grades e o desespero das esferas dantescas do inferno e que todas as noites uma legião de almas da covid-19, venham lhe atormentar a alma, a calma e a agonia.
Que sirva de lição aos fascistas e golpistas desse país e do mundo.
Vai de retro satanás! (Torna indietro  satana!).

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