Geopolítica - Petróleo e Ouro na África Alimentam Conflitos Militares como no Sudão

Por Belarmino Mariano.

Sudão - O mesmo ouro que estava  alimentando a destruição dos povos Yanomami na Amazônia brasileira, alimenta o interminável confronto político, militar ditatorial do Sudão.
De acordo com Cezar Xavier (2023), em artigo do Portal Vermelho: "Em outubro de 2021, al-Burhan e Dagalo orquestraram um golpe, derrubando uma frágil transição para o governo civil que havia sido iniciada após a remoção, em 2019, do governante de longa data Omar al-Bashir". Na atualidade, os aliados de 2021, agora disputam o controle militar e territorial do país" (XAVIER, 2023).

Mapa dos pontos de conflitos - Portal Vermelho, 2023.

O Sudão localizado ao Norte/Nordeste da África é nas ultimas décadas o país com os mais longos conflitos armados e a sua divisão territorial que originou o Sudão do Sul em 2011, não cessaram os conflitos e as disputas territoriais, politicas e econômicas, nunca cessaram, sempre marcadas por golpes militares e imposições autoritárias de alguns líderes pelo controle do poder.
O Sudão faz fronteiras com outros grandes territórios como Egito, Líbia, Chade, Etiópia Eritréia, Sudão do Sul, todos na região do deserto do Saara e do Mar Vermelho. Desde o período colonial britânico que estes territórios estiveram envolvidos em conflitos regionais e até internacionais.
Cezar Xavier (2023) é claro em suas abordagens ao afirma que devido a sua vasta fronteira com o Mar Vermelho e suas riquezas em petróleo, ouro e outros recursos, disparam o interesse de grandes potências internacionais pelos conflitos da região: "As potências petrolíferas, os Estados Unidos e o Reino Unido formam o “Quad”, que tem patrocinado a mediação no Sudão junto com as Nações Unidas e a União Africana. As potências ocidentais temem que a Rússia possa estabelecer uma base militar no Mar Vermelho, à qual os líderes sudaneses expressaram abertura desde a era al-Bashir. O Egito, que apoia os militares do Sudão, buscou uma via alternativa com grupos que apoiaram o golpe de 2021" (Xavier, 2023).
A pobreza extrema e a desigualdade social no Sudão, contrasta com a vida bilionária de chefes militares e milicianos que controlam o país desde sua independência em 1956, sob domínio Egípcio/Britânico. Na verdade, o país possuí mais de 40 mil minas de ouro, que explorado desde a grande civilização egípcia e ainda hoje, ainda é a área com maior produção de ouro de todo o continente.
Desde sua independência, o Sudão é governado por ditaduras militares e por grandes empresas multinacionais capitalistas inglesas e norte-americanas. 
Além da extrema pobreza, os problemas ambientais decorrente do excessivo uso de mercúrio e outros reagentes ao ouro, a violência armada de grupos milicianos, tornam o Sudão em uma área de conflitos geopolíticos incertos e entregues a própria sorte.
Vejam que existe um exercito miliciano financiado e comandado por um dos grupos que ditatorialmente governam o país. 
Que nem o Brasil e nem os brasileiros caiam nessa tentação miliciana e golpista, pois a ganância do autoritarismo atinge de cheio a constituição democrática e destrói os mais veneráveis.


Fontes:

Dados colhidos da Al Jazira e das agências internacionais de notícias.




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